António Oliveira elogia Corinthians e quer Garro e Coronado jogando juntos

António Oliveira elogia Corinthians e quer Garro e Coronado jogando juntos
Marcos Ribolli

Na base da raça e da emoção, o Corinthians venceu o Santo André por 3 a 2 neste sábado. Depois de ganhar o confronto com um gol de Pedro Raul no último lance, o técnico António Oliveira elogiou o desenvolvimento de seu grupo de jogadores e falou sobre a possibilidade futura de escalar Garro e Coronado juntos.

— Um jogo muito integrado do Corinthians. É uma vantagem inicial, antes do primeiro gol do adversário poderíamos ter feito o terceiro. Um adversário que foi sempre o mesmo, um time bem diferente da Ponte Preta. Hoje, o Santo André quis nos pressionar, sempre que tivemos sucesso rompemos a linha e criamos chances de ampliar o placar. Os dois gols nascem de situações em que temos a bola. Entregamos a bola, sofremos um bocadinho e mérito deles — iniciou o português, contextualizando a linha cronológica da partida na Neo Química Arena.

— Não esperávamos o empate, mas acho que o gol do Pedro acaba por colocar justiça no resultado. O Corinthians foi melhor nos 90 minutos, foi um jogo equilibrado. Evidente que temos que melhorar, mas para uma equipe que precisa crescer, prefiro ganhar sempre assim. Estou satisfeito com meus jogadores, a vitória é deles e da torcida que nos apoiou do começo ao fim — completou António, deixando claro sua satisfação com o que foi produzido pelo Corinthians diante do Santo André.

A vitória conquistada no fim levou o Alvinegro aos 13 pontos no Campeonato Paulista. Embora ainda esteja vivo na competição, o Corinthians segue na lanterna do Grupo A e torce por tropeços de Mirassol e Inter de Limeira nas duas próximas rodadas para ter a possibilidade de jogar o mata-mata. Para isso, no entanto, o Timão também precisa derrotar o Água Santa, no próximo domingo, em Diadema.

Fora o jogo em si, o português também falou sobre seu planejamento futuro para o Corinthians e explicou os planos para Garro e o recém-chegado Igor Coronado.

— Os talentosos sempre terão espaço nas minhas equipes. A equipe joga também sem a bola. Evidente que tiveram pouco tempo juntos, mas o Rodrigo está sendo estimulado e solicitado nos últimos jogos. É um nome que não está tão habituado a sequência de jogos, então é normal que comece a tomar algumas decisões erradas. Temos que buscar dentro do clube, da equipe. O Igor ocupou espaços. São dois jogadores talentosos, que se associam bem, percebem o jogo da mesma forma. São dois grandes jogadores e, portanto, têm possibilidades de jogarem juntos.

Agora, o Corinthians terá semana livre para a rodada final do Campeonato Paulista. Os jogadores ganham folga nos próximos dias e, no domingo, a partir das 16h (de Brasília), o Alvinegro conhecerá sua sorte no estadual ao enfrentar o Água Santa na 12ª e última rodada da fase de grupos.

Veja outros trechos da coletiva de António Oliveira:

O Corinthians faz contas para se classificar no Paulistão?

— Sempre disse que faremos as contas no fim. Desde que assumi já estávamos em contratempo. Nunca, entre nós próprios, falamos isso. Fazemos a nossa parte e a fizemos bem. Temos a missão, foi uma vitória do grupo que acreditou, que não desistiu. No fim, faremos as contas. Não dependemos de nós, vamos ver, os jogadores estão de parabéns.

Por que o Corinthians teve uma queda de rendimento no segundo tempo? O que aconteceu?

— É importante nós, quando fazemos uma pergunta nos ampararmos em números. A equipe finalizou muito mais na segunda etapa do que na primeira. Ela não deixou de jogar, a equipe finalizou cinco vezes ao gol. Temos que fazer uma análise do atual momento, o Corinthians nunca deixou de jogar. A equipe foi equilibrada do início ao fim. Temos que perceber uma coisa: o adversário também joga. Eles empataram com o atual campeão brasileiro, não é um time qualquer. Temos que valorizá-los. O Corinthians finalizou muito mais na segunda parte do que na primeira.

Preocupa a alta quantidade de gols de bola aérea sofridos nessa temporada?

— Me recordo da sua pergunta na última coletiva ao dizer que cruzávamos muito e não tínhamos sucesso. Hoje, você me pergunta sobre bolas aéreas. Sabe quantos arremates ao gol o adversário fez? Estávamos bem colocados. Sabe que sem defender sem bola é uma arte? Eles fizeram três chutes ao gol, acho que tivemos sucesso. Sua pergunta faz sentido para quem está de fora, mas temos estratégias em bloco baixo, médio e alto. Temos procedimentos dentro da área, mas nem sempre vamos evitar que entrem na área. Muito disso, nesse espaço central, seja assim. O adversário faz o cruzamento e quero dizer que, eventualmente, não estaremos bem na nossa forma de defender. Estamos evoluindo, estou satisfeito com a entrega e compromisso, o time está de parabéns.

Sobre o desempenho individual de Fagner

— Está jogando bem nas minhas mãos assim como já chegou nas mãos de outros treinadores. É um jogador de altíssima qualidade, assim como todos os outros do Corinthians. Conhece bem sua posição, tem uma técnica acima da média, é inteligente, tem boa capacidade de passe e cruzamento. Participou de dois gols da equipe, jogador talentoso, com uma história enorme, campeão, e estou muito feliz de tê-lo aqui no Corinthians.

Sobre o desempenho individual de Maycon

— É um jogador que, pela sua inteligência tática, pode jogar em qualquer posição. Conhece os espaços, entende os comportamentos, sabe atacar o espaço entre as linhas. Ele tem cumprido bem as funções táticas, a bola não queima, tem personalidade forte. Não gosto de individualizar os jogadores porque acabou não falando de todos, mas todos foram importantes. Cada vez mais estamos criando um grupo, uma família. O Fagner, o Maycon, e todos os Fagners e Maycons que temos aqui dentro me deixam muito feliz. Não houve lesão, saiu mais por precaução. Qualquer situação diferente, gera isso, os jogadores sentem e foi assim. A sequência está sendo dura e, de uma forma fantástica, os jogadores têm conseguido superar.

Como será o Corinthians sem Rojas?

— Vivo muito feliz com aquilo que tenho. Eventualmente, algum jogador que possa chegar será para acrescentar. Sobre o Cacá, enquanto não for oficializado, não falarei sobre. Vamos trabalhar de uma forma sã e honesta. Tenho tido prazer em trabalhar com eles, gente que gosta de treinar, aprender e que estão em busca de desenvolvimento pessoal e coletivo.

Por que o time não conseguiu aproveitar tão bem os espaços criados no segundo tempo?

— No último jogo foram 29 finalizações e não fizemos gols. Hoje, foram 19 finalizações e marcamos três, o que é um número expressivo. Se tivéssemos feito tudo isso, estaríamos falando de outro placar. São acertos e erros, enfrentamos um adversário mais atrevido, nos pressionaram em cima e estávamos preparados apra isso. Temos falhado nos últimos 30 metros do campo, mas isso faz parte do processo. Os jogadores têm sido incríveis, fantásticos. O caminho será longo, há muito o que trabalhar, crescer e evoluir.

Balanço do mercado do Corinthians

— Se vier alguém foi algo que o mercado nos ofereceu e achamos útil e interessante para as nossas necessidades. Estou muito satisfeito, mas estamos em uma construção de equipe. Temos gente boa para construir um Corinthians cada vez mais forte.

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