Corinthians mira premiação recorde na briga pelo título da Libertadores feminina

Corinthians mira premiação recorde na briga pelo título da Libertadores feminina
Divulgação

briga pela taça. Com 100% de aproveitamento na atual edição, as “Brabas" enfrentam o Internacional nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília). Além da oportunidade de isolar-se como o clube que mais conquistou o torneio – podendo ultrapassar o São José –, a equipe alvinegra pode obter a maior premiação de sua história na categoria em caso de título.

Neste ano, o valor oferecido pela Conmebol para o campeão é de US$ 1,7 milhão (R$ 8,6 milhões), que se somam a outros U$ 50 mil (R$ 252 mil) já garantidos apenas pela participação no torneio. O montante total é o maior valor oferecido pela entidade Sul-Americana, que em 2023 distribuirá um total de US$ 3,35 milhões (cerca de R$ 17 milhões) entre os clubes, o que representa um aumento de 55% em relação ao ano passado.

Para efeito de comparação, a quantia que o Corinthians poderá receber, se for campeão, pode superar com sobras os valores obtidos com as conquistas dos últimos anos. Somando as bonificações alcançadas nesta temporada e na de 2022, o valor não chega nem aos R$ 3 milhões, com as conquistas da Supercopa deste ano (R$ 500 mil), Campeonato Brasileiro 2023 (R$ 1,2 milhão), Paulistão 2022 (R$ 1 milhão) e Brasileirão 2022 (R$ 180 mil).

Na última edição em que venceu a Libertadores Feminina, em 2021, o valor também era bem abaixo do oferecido atualmente: apenas de U$ 85 mil (R$ 428 mil). A partir do aumento considerável nos últimos dois anos, Rogério Neves, CEO da Motbot, primeira plataforma brasileira de financiamento esportivo, avalia o cenário atual da modalidade:

“A alta das cifras para a atual edição ressalta que o futebol sul-americano feminino também apresenta importante potencial para a geração de receitas. Os maiores valores envolvidos também podem tornar a competição ainda mais atraente e rentável ao longo dos anos”, avalia Neves.

Já Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo, adota pensamento parecido ao apontar que a crescente dos valores de premiação das competições sul-americanas são consequências da alta de seu sucesso. “Este maior orçamento favorece que os clubes tenham um faturamento mais significativo através dos torneios continentais”, afirma.

Além do crescimento das cifras envolvidas, o futebol feminino também vem se tornando cada vez mais atrativo ao público. Na final do Brasileirão feminino deste ano entre Corinthians e Ferroviária, por exemplo, além de registrar o recorde de público nos estádios Sul-Americano em jogos de clubes, com mais de 42 mil torcedores, o confronto também obteve audiência de 16 pontos na grande São Paulo na TV aberta. O índice chegou a ser maior, inclusive, em comparação a jogos do masculino, nas ocasiões em que o Santos enfrentou o Grêmio e o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro.

“O futebol feminino é uma realidade crescente, com números que aumentam a cada dia, tornando-se uma plataforma valiosa para os times se conectarem com seus públicos. Também há a oportunidade da geração de novas receitas aos clubes”, afirma Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let's Goal.

Já Fábio Wolff, membro do comitê organizador do Brasil Ladies Cup, torneio amistoso que ocorre ao final da temporada e terá a realização de sua terceira edição em 2023, analisa que o potencial comercial do futebol feminino impulsiona os investimentos das equipes no esporte: "A crescente evolução da categoria tem despertado o interesse de um número cada vez maior de empresas em investir nessa modalidade. Isso, por sua vez, fortalece o esporte e caminha em paralelo com o desenvolvimento do futebol feminino”.

Informações Gazeta Esportiva