Coronado e Matheuzinho vão deixar folha do Corinthians em R$ 20 mi, diz diretor

Coronado e Matheuzinho vão deixar folha do Corinthians em R$ 20 mi, diz diretor
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O Corinthians terá uma folha salarial de cerca de R$ 20 milhões com as chegadas do meia Igor Coronado e do lateral-direito Matheuzinho. Os dois estão próximos de finalizarem a ida para o Timão e devem ser confirmados ainda nesta semana como reforços para o elenco de António Oliveira.

Segundo o diretor financeiro do clube, Rozallah Santoro, o Corinthians deve manter o patamar salarial da temporada passada com a chegada de novos reforços. A mudança nos planos da gestão, que objetivava a redução dos custos, tem a ver entre outros fatores com o dinheiro oriundo da televisão.

– Temos que encarar essa dívida, não posso abrir mão da performance esportiva, já que 30% de dinheiro da televisão vêm de resultado em campo. A proposta inicial era de redução da folha, mas até em função dos novos patrocínios e de dinheiro novo que está entrando no clube, resolvemos manter o orçamento em R$ 20 milhões por mês – disse, em entrevista ao "Bandsports".

– Se a gente pensar nas contratações que foram feitas, só em salários, encargos e direitos de imagem, com os dois jogadores que vêm se falando no apagar das luzes, o Matheuzinho e o Igor Coronado, a gente completa esse custo na casa dos R$ 20 milhões. Como equilibra? Tem fluxo de receita entrando, tive que fazer investimento para trazer jogadores – acrescentou.

De acordo com o dirigente, o impacto das novas contratações está na casa dos R$ 100 milhões de investimento somente em 2024. O dinheiro da venda de Gabriel Moscardo, na casa dos R$ 90 mi, será usado para aliviar a situação financeira neste ano.

O dirigente ainda confirmou alguns números sobre o investimento mensal na contratação de Igor Coronado e atualizou a questão dos direitos de imagem atrasados com o elenco, que vem desde a gestão passada.

– Número que vi é na casa dos R$ 2 milhões por mês. Salários estão em dia. Direitos de imagem alguns estão atrasados desde outubro do ano passado. Último pagamento teria sido em outubro. Assumimos com dois meses de atraso e nesse primeiro mês de gestão ainda não conseguimos colocar em dia – comentou.

Rozallah também reiterou o valor da dívida total do clube, que atinge a casa dos R$ 1,650 bilhão de reais, somando os R$ 700 milhões de dívida da arena e os quase R$ 400 mi de débitos a curto prazo, com mais de metade desse valor vencido.

O diretor financeiro também se mostrou pouco surpreso com a rejeição da Caixa à proposta do pagamento da dívida feita pela gestão de Duilio Monteiro Alves.

– Recebi com naturalidade. Desde o início, quando foi explicada a proposta na semana que antecedeu a eleição, fiz dois comentários. Primeiro: o que estava oferecido de naming rights não poderia ser oferecido pelo órgão que rege as normas do mercado financeiro. Ele estava oferecido de R$ 350 milhões, em um valor presente deve valer na casa dos R$ 150 mi – explicou.

– Não é um fluxo capitalizado, não existe um saldo devedor, estamos fazendo aluguel do espaço publicitário. Recebemos alguma na casa de R$ 21 milhões, isso não paga uma trimestral. Temos quatro trimestrais para pagar com a caixa, na casa dos R$ 25 milhões, esperamos que com a queda da taxa de juros a gente tenha um alívio com relação à essa taxa. Só de juros da arena deve cair de R$ 100 mi para a casa dos R$ 80 mi – encerrou.

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